Cumprindo o programado, a sonda Hayabusa2 (da JAXA, a agência espacial japonesa) liberou explosivos em direção à superfície do asteroide Ryugu, com o objetivo de abrir ali uma cratera artificial. A ação foi registrada por meio da câmera DCAM3, acoplada ao dispositivo disparado (o SCI).
A carga explosiva foi detonada no final da noite de quinta-feira (4), sendo lançada a uma velocidade de cerca de 7.240 km/h. Com isso, a sonda poderá coletar amostras do interior do asteroide, juntando-as às amostras da superfície que já foram liberadas por meio de um projétil em fevereiro.
Pelo Twitter, a JAXA revelou que a DCAM3 havia fotografado com sucesso o ejetor quanto o SCI colidiu com a superfície de Ryugu. "Este é o primeiro experimento de colisão com um asteroide do mundo", comemora a agência.
Durante o procedimento, a Hayabusa2 recuou, por questões de segurança, enquanto a "bomba" caía em Ryugu. Muitos dados da ação foram registrados, além de imagens da câmera, e com tudo isso em mãos os cientistas já terão muito o que estudar antes mesmo de as amostras chegarem à Terra quando a sonda estiver pronta para voltar.
Nas próximas duas semanas, a nave lentamente retornará à sua posição anterior, a cerca de 20 quilômetros da superfície do asteroide, com o objetivo de examinar melhor a cratera que foi criada. Então, a equipe de controle da missão decidirá quando e exatamente de onde serão coletadas as amostras.
Mas o lançamento de "bombas" para a coleta de amostras tanto da superfície quanto do interior do objeto não são as únicas missões da Hayabusa2 em Ryugu: a nave ainda liberará o MINERVA-II, um terceiro e minúsculo rover, parecido com os outros dois que pousaram em setembro do ano passado, para que faça ainda mais observações diretamente na superfície.
Somente depois disso a nave voltará para a Terra, carregando as amostras coletadas depois de um ano e meio estudando o asteroide de pertinho e seis anos longe de casa — a Hayabusa 2 foi lançada em dezembro de 2014 e deverá voltar à Terra em dezembro de 2020.
Fonte: Space.com, The Planetary Society
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