Atitudes corriqueiras ao volante, como o manuseio do celular e o ajuste do rádio, são as principais causas de acidentes no trânsito.
A falta de atenção dos motoristas é a causa de muitos acidentes no trânsito. E são vários os fatores que levam para esse resultado, como o uso de celular enquanto dirige e a não observância dos sinais de trânsito.
Com isso, fica evidente a necessidade da conscientização das pessoas acerca desses riscos. Afinal, quando acidentes são gerados por falhas humanas é possível prevenir e evitar que eles aconteçam. Nestes casos, agir corretamente e de forma prudente passa a ser uma escolha.
Atitudes tidas como corriqueiras são as mais perigosas
A falta de sinalização ou problemas mecânicos, apesar de preocupantes, são questões pouco representativas quando o assunto são os fatores que mais geram acidentes no trânsito.
A grande maioria – mais de 90% deles – é gerada por falhas humanas. Ou seja, provocadas pela negligência, imperícia e imprudência dos condutores.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, a maior parte dos acidentes com mortes, tem relação ainda com o excesso de velocidade e a falta de atenção de quem dirige.
Neste caso, quanto mais alta a velocidade e maior for o tempo da distração, maior será a extensão percorrida pelo motorista sem atenção na via.
Não à toa, as fontes de distração ao volante, como o manuseio do celular, o uso do rádio e a busca de objetos no porta-luvas, são responsáveis por cerca de 80% dos acidentes de trânsito, segundo o NHTSA, a autoridade de segurança de trânsito dos Estados Unidos.
O celular é um grande vilão, mas não é o único
O ato de dirigir envolve memória, atenção, tomada de decisões em um ambiente repleto de informações, portanto, segundos de desatenção já podem causar estragos tremendos.
Nessa realidade, o uso do celular no trânsito é uma das atitudes mais perigosas para condutores e passageiros.
Segundo as pesquisas realizadas pelo NHTSA, enviar mensagens de texto aumenta o risco de acidentes em 23 vezes e fazer uma ligação diminui a atividade cerebral ligada à direção em 37%.
A razão para isso é simples e está na alteração do tempo normal de reação, que é retardado quando a pessoa está distraída.
Segundo dados da mesma instituição, apesar do alto grau de periculosidade, o celular é o grande vilão, porém não é o único.
Ajustar o rádio e buscar um objeto no porta-luvas pode gerar acidentes graves
Uma tarefa simples, como o ajuste do rádio, por exemplo, onde o tempo de desatenção do condutor é de 1,5 segundos em média pode parecer pouco, mas já é o bastante para provocar um acidente. E para isso ele nem precisa estar em alta velocidade.
Há 60 km/h o condutor distraído pode percorrer 25 metros sem olhar para a via.
O mesmo pode acontecer, quando por exemplo, esse condutor tem segundos de desatenção para buscar um objeto no porta-luvas. Se for à noite, o quadro é ainda pior.
Ao baixar a cabeça para abrir o porta-luvas o condutor fica submetido a um ambiente escuro. Aí, ao voltar o olhar para a pista, sua visão pode ser ofuscada pelo farol dos outros veículos. Quando isso acontece, leva de 3 a 4 segundos até o condutor recuperar a capacidade de enxergar.
Conclusão
Como você pode perceber, a desatenção gera uma série de desdobramentos que podem interferir na habilidade de condução, no controle de velocidade e no tempo de processamento das informações, deixando a capacidade de reação mais lenta do que em condições normais. Nesta realidade, o risco de acidente é um destino certo.
Apesar da problemática, fazer com que esses dados alterem a maneira de pensar das pessoas não é uma tarefa simples.
Em meio a tantos hábitos que as pessoas adquirem, mudar de atitude requer esforço e principalmente determinação para que ela aconteça.
Por isso, antes de entrar no carro, nem que seja para ir até na esquina, lembre das responsabilidades que você tem ao volante.
Seja você a diferença que o trânsito precisa. Mantenha o foco na via, respeite a sinalização e evite qualquer atitude que possa desviar a sua atenção. É adotando atitudes assim que você contribui com a manutenção da paz e da segurança, em um espaço utilizado por todos os cidadãos.
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